Apesar de ser lembrado como o país das bundas naturais, o número de brasileiras que turbinaram os glúteos com silicone cresceu 350% entre 2007 e 2011. Sem contar as mais de 366 mil cirurgias estéticas de seios feitas por aqui em 2013. Nessa guerra, de que lado você está?
Há algumas semanas, escrevi neste mesmo espaço sobre a escolha da capa de aniversário da Playboy ser uma moça bem magrinha. Espontaneamente, acabamos levantando aquela discussão sobre a preferência dos homens por mulheres mais magras ou mais curvilíneas, até as mais “cheinhas”, como encontrei nos comentários do post no Facebook.
Um pouquinho depois, dia 19 de agosto, a cantora Nicki Minaj causou um auê na internet com o clipe do seu novo single “Anaconda”, que quebrou o recorde de visualizações na plataforma on-line Vevo, no YouTube, com 19,6 milhões de views nas primeiras 24 horas (esta semana o vídeo passa a marca de 168 milhões). “Oh my Gosh, look at her butt” (meu deus, olha a bunda dela), diz a música. Sim, é uma senhora bunda. Nicki Minaj é a segunda colocada na lista das famosas mais bundudas, segundo o jornal Daily Mail, com 114,3cm. Levando em conta a relação entre quadril e cintura, a modelo Coco Austin aparece em primeiro, com 101,6cm de quadril e 58,5cm de cintura. A lista segue com Iggy Azalea (93,9cm e 58,4cm) e a também famosíssima pelas curvas que tem, Kim Kardashian, em quarto lugar (com 101,6cm e 66cm).
A nossa clássica representante brasileira, Mulher Melancia, mede 117cm de bumbum. Ela tem a relação quadril-cintura maior se comparada à lista das internacionais (com 75cm de cintura). Logo, bunda grande não é uma coisa que choca a nós brasileiros (alô, Valesca Popozuda). Temos até uma variedade “hortifrutiana” de mulheres assim: melancia, melão, morango… Todas elas com números acima de 1 metro. Inclusive, a vencedora do concurso Miss Bumbum 2013 tem 107cm.
Por outro lado, quem não nasceu com a genética Tanajura dá seu jeito: a colocação de prótese de silicone nos glúteos teve um crescimento de 350% entre 2007 e 2011, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Apesar de sermos referência mundial em bundas naturais, há quem ainda queira dar aquela turbinada.
Culturalmente, talvez estejamos mais acostumados a bundas (alô, Carnaval) do que os nossos colegas americanos, por exemplo. Lá, a mulherada faz o estilo “magra com peitão”, à la Kate Upton, Jessica Simpson, Monica Bellucci. É justamente o que as brasileiras vão buscar nas mesas de cirurgia: os seios.
Segundo um relatório divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), em 2013, o Brasil foi responsável por 12,9% do total mundial de cirurgias estéticas, sendo a lipoaspiração a mais procurada, seguida de aumento das mamas e correção de seios caídos (as duas últimas somam mais 366 mil cirurgias). Em 2009, o número de cirurgias estéticas nas mamas já era maior do que o de lipoaspirações, de acordo com a SBCP.
O fato é que as mulheres estão sempre em busca do “corpo perfeito”. Vamos sempre defender o que temos, querer mais do que não temos e jurar que não nos importamos com o que os homens pensam. E a guerra entre o #TeamPeito e o #TeamBunda vai ser eterna.