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O porno gay é a atividade cinematográfica sexual entre homens. Seja hardcore ou softcore, o objetivo principal é a representação da sexualidade homossexual masculina. A partir do fim dos anos 1970, esse gênero de cinema começou a ser consumido pelo público da “pornografia robusta” direcionada também ao curioso público heterossexual feminino e bissexual de qualquer gênero.
É preciso lembrar que antes da invasão cristã pelo mundo, inclusive na Grécia e depois em Roma, a sexualidade homossexual entre homens era extremamente aceita, até mesmo como iniciação sexual entre rapazes.
Foi depois que os dogmas da religião dita como cristã intoxicaram o mundo através de invasões criminosas em diferentes culturas que a homossexualidade masculina se tornou algo a ser combatido. Muitos gladiadores da era antiga eram gays, assim como governantes e poderos imperadores.
O próprio Alexandre, o Grande, tido como maior imperador de todos os tempos, era gay. Se relacionava com mulheres pura e simplesmente para procriação, costume tradicional desse período. E falar que Alexandre era gay e Grande, já deixa um duplo sentido bem perminicoso no ar.
Desde os primórdios da arte e da retração das experiências humanas, a homossexualidade é registrada em diversos segmentos. A própria Bíblia traz um caso de homossexualidade entre Jônatas e Davi (ainda que a cristandade negue isso de dedinho), ao mesmo tempo que condena em outros livros a relação afetiva e sexual entre o mesmo sexo. No mundo contemporâneo, não é diferente, inclusive com a pornografia gay que é sim uma forma de arte.
VIDEOS PORNOS
Em toda a extensão da literatura e artes visuais temos porno gay a dar com o pau e quando se iniciou a produção dos registros fotográficos que resultariam no que a gente chama hoje de cinema, filme e etc, o gênero se tornou um âncora do audiovisual +18 no mundo todo. Afinal, o homoerotismo ou porno gay está presente na fotografia e no cinema desde a sua invenção.
Por um longo período, qualquer representação sexual teve que permanecer clandestina por causa das leis de obscenidade e sodomia.
Os filmes pornográficos hardcore eram chamados de “filmes de despedida de solteiro” antes da legalização em 1970. O primeiro filme porno que se tem registro foi realizado na Europa em 1908 e o primeiro porno gay ou bissexual hardcore foi o filme francês “Le ménage moderne du Madame Butterfly” em 1920.
Nos Estados Unidos o primeiro registro de pornografia homossexual data de 1929. “Stiff Game”, um filme porno gay, mostrou homossexuais inter-raciais pela primeira vez em 1930.
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O porno gay que existia no comércio do submundo consistia principalmente em fotos de homens peladões e individuais. Nas décadas de 1940 e 1950 o material consumido era de homens atléticos ou fisiculturistas em poses esculturais, geralmente jovens, musculosos e com poucos ou nenhum pêlo corporal visível.
As fotos eram vendidas em revistas de fisiculturismo (beefcake magazines). O primeiro estúdio a produzir gay porn foi o Athletic Model Guild em 1945, fundado pelo fotógrafo Bob Mizer no ano de 1945 em Los Angeles. Esse mesmo estúdio também publicou a revista “Physique Pictorial” em 1951, exclusivamente direcionada aos gays. Bob Mizer produziu cerca de um milhão de imagens e milhares de filmes e vídeos antes de morrer em 12 de maio de 1992.
Tecnologia a favor do porno gay
No fim dos anos 1960, a tecnologia das câmeras 16 mm permitiu que esses fotógrafos fizessem sexo gay e masturbação masculina pra vender esses produtos por correspondência ou de forma clandestina. Alguns dos primeiros pornógrafos viajavam pelo país vendendo suas fotografias e filmes em seus quartos de hotel, com publicidade apenas do boca a boca e em revistas.
A década de 1960 foi revolucionária para a sexualidade humana de muitas formas devido a protestos que afrouxaram o conservadorismo das leis. Muitos cineastas tidos como “underground”, enfim, tiveram maior liberdade para produzir pornografia. Atores como Joe Dallesandro, que se notabilizou por uma carreira convencional em Hollywood, no início da carreira, ainda um rapazote de vinte e poucos anos, gravou várias produções de porno gay e ficou famoso em importantes revistas. Em 1969, a Time o considerou uma das pessoas mais bonitas da década de 1960.
FILMES PORN
“Boys in the Sand”, dirigido por Wakefield Poole e estrelado por Casey Donovan, em 1970, foi o primeiro longa-metragem pornográfico gay, estreando no aclamado e lotado teatro na cidade de Nova Iorque em dezembro de 1971. Um recorde de bilheteria que precedeu o porno hétero “Deep Throat” conhecido como “garganta profunda” e que estreou em junho de 1972.
Aliás, a grande expansão do porn como um todo se expandiu nos anos de 1970 e o porno gay acompanhou o ritmo. Haviam cinemas gays, onde os homens também podiam fazer sexo com os coleguinhas conhecidos e desconhecidos. Foi nessa libertadora década que surgiram casas de banho, saunas e outros clubes com pretextos sexuais gays.
Muitas revistas foram fundadas, como a In Touch e a Blueboy. A Playgirl, por exemplo, era considerada a “Playboy das mulheres”, mesmo direcionada intuitivamente ao público gay. “Erotikus: A History of the Gay Movie” (1974), dirigido por Fred Halsted, é um ótimo documentário pra saber mais e detalhadamente sobre o assunto.
A partir da década de 1980, a expansão de videocassetes tornou os vídeos porno mais acessíveis e de consumo intimista. Isso também significou o amplo desaparecimento dos cinemas pornográficos que foram a casa de espetáculos da espetacular “era de ouro do porno”.
O incrível que, com uma sociedade heteronormativa conservadora incomodada com o progresso da liberdade da comunidade homossexual, a ciência em voga supostamente PLUM! Descobriu um vírus letal que combatia a ideia do “amor livre”, do relacionamento poliamoroso e da relação sexual entre homens.
O HIV foi um abalo nas estruturas da revolução sexual e a própria sexualidade livre, desde então, significaria um risco de morte. A pornografia até hoje sofre com estigmas e direcionamentos pejorativos em relação às IST (infeções sexualmente transmissíveis).
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Foi nos 80 também que a receitinha básica do porno foi criada: cenas de abertura com diálogos sobre alguma situação (um oi, boa tarde, muito obrigado, chupa meu pau…), sexo oral seguido de penetração e pra finalizar um close de uma gosmenta gozada na boca ou no rosto. Tudo isso sempre idolatrando o pênis grande, o popular pau grande ou big cock. O “bottom”, ou passivo no sexo anal, nos filmes gays, costumava ser menor e às vezes mais afeminado.
Em 1989, a diretora Kristen Bjorn revolucionou o porno gay, trazendo muito mais qualidade cinematográfica para as produções, forçando muitos produtores a melhorar a qualidade técnica devido a competitividade do setor. Os fetiches BDSM, roupas de couro e fantasias de uniforme militar eram a moda do porno gay da década.
Moda que avançou e se expandiu ainda mais nos anos 1990 e 2000, juntamente com a evolução das câmeras em tamanho menor e o porno amador cada vez mais consumido. Fora os tubes free, tipo RedTude, que expandiram o porno na internet transformando o séc. 21 no século de maior consumo de pornografia hardcore da história da humanidade.
Atualmente, nesse século 21, a pornografia gay se tornou um empreendimento símbolo de lucro certeiro, com uma indústria organizada, desde o porno convencional ao alternativo, até prêmios como o GayVN (uma alusão ao Oscar do porno, o AVN Awards, onde a maioria das categorias concorrentes são sobre porno hétero, mas também há categorias para porno gay).
Milhares de sites exclusivos de porno gay como o MEN e ramificações em sites conhecidos pelo porno hétero, tipo Evil Angel, são sucesso em visualizações. Nos sites de porno gratuito também rola muito conteúdo homossexual masculino. Os dois maiores da indústria, Pornhub e Xvideos, têm abas específicas só para filtro e consumo de porno gay. Aqui no blog podemos destacar dois posts de protagonistas que gravam pornografia homossexual masculina, mas são alvos de muita fetichização feminina também dentro do porno hétero e bissexual. Acesse os posts Alex Adams e Owen Gray e saiba mais.
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